Por Lenivaldo Aragão
A foto é de 13 de maio de 1968 e mostra o lateral direito Gena renovando contrato com o Clube Náutico Capibaribe. O lateral firma o novo compromisso com o Timbu, diante dos sorridente Miguel Machado e de Ivanildo Souto da Cunha, dirigentes alvirrubros. Em pé (E/D), Everardo Bezerra (jornalista),e os conselheiros Paulo Campos (publicitário) e Clóvis Monteiro (empresário do ramo de transporte coletivo de passageiros).
Gena, de nome Genival Costa de Barros Lima, é prata de casa do Náutico e um dos inúmeros valores revelados pelo clube dos Aflitos, que passaram pelo crivo do professor – este, realmente um professor – José Alexandre Borges, de saudosa memória. O futebol técnico de Gena fez com que o lateral esquerdo Rildo, revelado pelo Sport e já dando as cartas no Botafogo, o levasse para o clube da Estrela Solitária, quando o promissor lateral ainda atuava no juvenil alvirrubro. Porém, como era praxe na época, Gena tinha um contrato de gaveta e, consequentemente, o passe preso ao clube de origem, o que o obrigou a retornar a seus pagos. O clube carioca procurou comprar o chamado atestado liberatório, porém, os dirigentes alvirrubros estabeleceram uma quantia exorbitante, levando o Botafogo a desistir de sua aquisição.
Mais tarde, já craque consagrado, o Corinthians se interessou pelo seu futebol. “Cheguei a viajar a São Paulo, mas voltei para o Recife no dia seguinte porque eles queriam que eu fizesse um teste. Não concordei porque o pessoal lá já conhecia meu futebol e não havia necessidade de eu ser testado”, disse-me Gena.
O lateral direito chegou a fazer parte da relação dos 40 jogadores convocáveis para a Seleção Brasileira de 1970, aquela que levantou a taça mundial pela terceira vez, no México. Perdeu a parada para Carlos Alberto, o Capitão do Tri, do Santos Futebol Clube, e para Zé Maria, do Corinthians.
Gena profissionalizou-se no Náutico, em plena fase do hexacampeonato (1963 a 1968), tendo participado das campanhas de 1964 / 65 / 66 / 67 / 68.
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