Um cenário desafiador e muitos obstáculos pela frente. Superá-los, exigiu muito planejamento, foco, determinação e, sobretudo, trabalho. Em quatro anos, a atual gestão do Conselho Deliberativo se debruçou nas questões estruturantes com a missão de preparar o Clube Náutico Capibaribe para encarar a nova realidade do futebol.
O caminho escolhido foi fazer diferente. De forma inédita, a composição do Conselho - quadriênio 2020/23 - atendeu à proporcionalidade da votação de cada chapa, contemplando conselheiros do grupo liderado pela atual Mesa Diretora e das demais chapas.
Algumas missões se tornaram prioritárias para os atuais gestores, como cuidar do futuro e planejamento estratégico a médio e longo prazos, proteger o patrimônio alvirrubro dos leilões judiciais e reforçar o propósito de que os trabalhos necessários ao futuro do Náutico apenas seriam possíveis com a obtenção de respeito entre os pares, por meio de uma relação harmônica e independente.
Foi necessário arregaçar as mangas, pois havia muito trabalho a ser feito. Nesse quadriênio, também mereceram atenção especial iniciativas que garantissem a unidade em torno das bandeiras mais estruturantes, que encarassem o passivo e resultassem na evolução sustentável do futebol. Democratizar o Conselho e revelar novos dirigentes foi mais uma pauta defendida.
Um dos focos do Conselho foi apoiar os setores olímpicos e patrimoniais, onde as atenções do Executivo tinham mais dificuldade para chegar. O respeito e a reverência às pessoas que contribuíram para o fortalecimento da história do Clube também ganharam destaque. Sem dúvidas, um importante legado que fica é a criação da Comissão de Projetos Estruturantes.
CAOS
Diante do cenário caótico que se apresentara, havia a urgência de colaboração - fazer diferente e cortar na própria carne, ou seja, sair do lugar comum do qual Clube e Conselho não conseguiram sair nas últimas décadas. Já não cabia o modelo de construção de passivo sem uma alternativa orgânica e estruturada para sua solução.
Foi necessário se adaptar e avanços importantes aconteceram, como a continuidade das reuniões híbridas, alternativa imposta pela pandemia que foi bem aceita pelos conselheiros. Hoje, a posição majoritária é de que o formato está consolidado e deverá ser incorporado ao Estatuto do Clube e ao Regimento Interno do Conselho.
Já a sede do Remo, alvo frequente de leilões, era pouco ou mal frequentada. O esvaziamento não garantia a sustentabilidade do esporte. Ao lado do diretor Luiz Antônio Melo e do gestor Pedro Ferreira foi pensado um novo perfil que gerasse engajamento. A reestruturação do departamento se tornou prioridade. Atualmente, a modalidade praticamente se sustenta.
Se dentro de campo as coisas não aconteceram de forma esperada, fora dele o Náutico atingiu outro patamar. A negociação com o Grupo Mateus, as conquistas jurídicas no caso que envolve a Arena Pernambuco, as tratativas relacionadas com a Sociedade Anônima do Futebol e a Recuperação Judicial sinalizam que o Náutico amadureceu e despertou para uma nova Era.
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